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   KASUGA-TAI um laço entre o Brasil e o Japão
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Preço
R$ 40,00
KASUGA-TAI um laço entre o Brasil e o Japão

A incrível história do cruzador Tamandaré

Ao se aproximar da costa da áfrica, no dia 23 de agosto de 1980, o cruzador Tamandaré agora desativado e vendido como sucata para a firma Superwinton Enterprises Inc. começou a adernar. Ele seguia rebocado para seu destino final em Hong-Kong onde seria desmantelado. Antes da viagem sofrera uma rigorosa inspeção para garantir que tudo estava em ordem e por isso a tripulação do rebocador surpreendeu-se ao abordar o navio e perceber uma grande inundação na parte traseira. Reparos de emergência foram feitos e mudou-se o rumo para Cape Town numa tentativa de salvá-lo. Mas na noite de 24 de agosto de 1980 por volta das 22 horas e 22 minutos na posição 38°48´S e 1°24´W o navio começou a submergir forçando o rebocador a cortar os cabos de reboque. Inteiro o Tamandaré foi ao fundo.

O Tamandaré sempre fora considerado um navio de sorte. Sobrevivente da 2ª guerra onde operara com o nome de St. Luis o Tamandaré ao contrario de seu irmão Barroso, este atormentado por constantes problemas mecânicos e acidentes até com vítimas fatais, nunca tivera qualquer problema sério. Ao contrário escapara mesmo ileso de um bombardeio feito por baterias costeiras brasileiras.

Na manhã de 11 de novembro de 1955 alegando que o Dr. Carlos Luz , presidente interino, pretendia dar um golpe e tomar o poder, o Ministro da Guerra , Gal. Henrique Teixeira Lott, ao ser demitido rebelou-se. Conseguiu a destituição de Luz e nomeou Nereu Ramos para o cargo.

O Almte Pena Boto, que estava a bordo do Tamandaré, propôs que Carlos Luz embarcasse ali e fosse levado ao litoral de Santos e de lá para, em São Paulo, reunir um novo governo constitucional. Quando o navio, com Luz a bordo, passou pela fortaleza de Lage e pelo forte São João, foi alvejado por estas duas baterias. Passada a saída da baia o navio foi novamente alvejado desta vez pelas baterias do forte de Copacabana.

Durante 22 minutos o navio esteve sob fogo, e ainda que alguns tiros passassem muito perto, não foi atingido uma única vez.

Mas não foi este o mais estranho episódio acontecido com o Tamnadaré. Durante muitos anos vários tripulantes, inclusive oficiais, alegavam ter visto um vulto vagando pelos corredores do navio. Muitos identificavam o tal vulto como tendo feições orientais e vestindo um traje de vôo típico da segunda guerra. Tantas foram as aparições que alguns tripulantes passaram a celebrar periodicamente um culto religioso em favor daquela alma sem descanso.

Quando este grupo soube das condições do afundamento do Tamandaré teve certeza que seu destino havia sido finalmente cumprido. Intrigados coma as aparições haviam procedido a uma investigação e coma a ajuda do consulado japonês descobriram o que se segue.


Na manhã de 27 de novembro de 1944, durante a batalha do Golfo de Leyte, o Tamandaré (então St. Luis) fora alvo de um ataque aéreo japonês. Neste grupo de aviões atacantes, força Kasuga-Tai, havia um único zero totalmente desarmado a não ser por uma bomba de 250 kg. Sua missão, um ataque Kamikase.

Relatos gravados no livro de bordo do St. Luis confirmam que um avião zero, depois de duas tentativas frustradas havia se chocado com a parte traseira da embarcação perto do hangar dos hidroaviões. Provocara uma grande inundação mas as turmas de reparo mantiveram o navio em condições de combate. Investigações posteriores indicaram, que o piloto kamikaze era o segundo sargento Katsuo Tomita.

Para aquele grupo de antigos tripulantes do Tamandaré não havia mais dúvidas. O espírito de Katsuo Tomita permanecera no navio todos estes anos, cuidando dele e seus tripulantes até que no derradeiro momento, quando nenhuma outra vida estaria em risco finalmente cumpriu sua missão e levou o Tamandaré ao fundo.