Em 1714, depois de muitos naufrágios dos navios da Marinha Real, o Parlamento Britânico instituiu um prêmio milionário para quem descobrisse como determinar a longitude no mar. Para uma potência naval como a Inglaterra era inadmissível que desastres marítimos continuassem a ocorrer. Cinqüenta anos depois de anunciado, porém, o prêmio continuava sem vencedores. Cientistas consagrados como Isaac Newton e Edmond Halley haviam tentado estabelecer um método de calcular a longitude, a partir de experimentos de astronomia, mas sem sucesso. Quem conseguiu descobrir a maneira de medi-la com precisão foi um obstinado e desconhecido relojoeiro: John Harrison. Só faltava a Comissão de Longitude, grupo designado para conceder o prêmio, concordasse em reconhecer que um trabalhador pobre e pouco articulado pudesse ser o vencedor. Tinha início uma briga que ocuparia a vida de Harrison. Numa reportagem minuciosa, que combina história da ciência, diário de bordo e biografia, Joan Dash recria esse conflito e apresenta os detalhes de um personagem central na história da ciência, protagonista de uma corrida que contribuiu, literalmente, para ajudar o homem a descobrir seu lugar no mundo. Praticamente novo.