Sempre procurando em seus textos a luz no fim do túnel, ou melhor, do tubo, Fred não negocia concessões, compra briga, incomoda, mas, acima de tudo, faz pensar.
Ao utilizar o surfe como uma metáfora, ele transcende o universo limitado de seus praticantes e é capaz de interessar qualquer um, surfista ou não, nos temas que trata com a mesma habilidade, estilo e, quando a situação inspira, também poesia, com que surfa as ondas de Bali, sua segunda casa.
Fred possui um dom especial para enxergar além do que todos estão vendo, despertando uma incondicional empatia de seus leitores. Para ele, existe a onda na qual a multidão surfa sem nem saber por que, e as Outras Ondas, nas quais prefere dropar solitário, desenhando linhas únicas, que podem até vir a ser copiadas, mas no original levam sua assinatura indelével.
Jornalista tarimbado, ele fareja de longe uma manipulação. Daí seus textos terem a capacidade de literalmente mudar a percepção do mundo do surfe e do mundo em geral, para muitas pessoas. Com o Fred é sempre uma questão de ponto de vista. E ele tem o dele, doa a quem doer.
Adrian Kojin, diretor editorial da revista Fluir